Inteligência: 3:05 - 5:07
A Inteligência na Perspectiva Piagetiana
Para Piaget o desenvolvimento da inteligência é um continuo processo de equilibração(o sujeito entra em contato com novo objeto e entra em conflito com ele, pois o objeto não se deixa conhecer facilmente. O individuo deve acomodar-se ao objeto, buscando equilíbrio e estabilidade da organização mental em um processo dinâmico), o desenvolvimento mental é uma construção contínua, em que, a medida que se acrescenta algo vai se solidificando gradualmente. A construção do conhecimento para Piaget acontece de forma gradual a partir de suas formas mais elementares, e em seguida evoluindo para os níveis seguintes até o pensamento científico. Este desenvolvimento gradativo se processa por estágios (diferentes maneiras de os individuos interagir com a realidade, de organizar seus conhecimentos visando sua adaptação, ocorrendo assim modificações progressivas dos esquemas de assimilação e acomodação), que por sua vez, se consolidam a medida que se processa a maturação biológica que é pré-requisito para o aprendizado(processo gradual no qual o sujeito vai se capacitando em niveis cada vez mais complexos do conhecimento). Dessa forma, o sujeito só aprende algo se estiver no estágio do desenvolvimento que lhe capacite para compreender tal feito, de forma que, a inteligência dá saltos, mudando de estágio, quando o esquema torna-se insuficiente para responder a uma novidade, através da ruptura com o estágio anterior e consequente aquisição de novas características peculiares do cada novo estágio seguinte que representa a inteligência. Para Piaget a inteligência se desenvolve a partir de interações com o mundo em um processo gradual, formando-se por meio de adaptações e, define-se, na perspectiva funcional e estrutural. Enquanto função, a inteligência é uma adaptação ao meio em que o sujeito está inserido, e este o transforma e se transforma para adaptar-se. Estruturalmente, a inteligência caracteriza-se por ser uma forma de organização de conhecimentos que começa no nível mais simples até um nível mais complexo, portanto, quanto mais complexa a estruturação mental, maior será a exigência do nível de conhecimento. A inteligência na teoria piagetiana não se constitui acúmulo de conhecimento, e sim uma contínua reorganização funcional e estrutural para possibilitar maior assimilação (conhecer o objeto, interpretar o mundo), e não apenas acumulação de informação. Nesse sentido, as estruturas mentais são capazes de se modificar, acomodar, para dar conta das singularidades do objeto, portanto, a inteligência baseia-se em assimilações e acomodações. Piaget considera quatro os estágios fundamentais do desenvolvimento da inteligência:
1 – Sensório-motor:
2-Pré-operacional
3- Operatório Concreto
4- Operatório Formal
Cada um desses estágios são caracterizados pelo surgimento de estruturas originais, que os distinguem dos estágios anteriores. São construções sucessivas em que cada estágio se edifica sobre os estágios anteriores, portanto, cada estágio é uma evolução em relação ao estágio anterior. O desenvolvimento da inteligência é o movimento contínuo e perpétuo de reajustamento (equilibração ) onde a construção de cada fase constitui-se em um progresso sobre as precedentes.
"A mente de um homem expandida por uma nova idéia não consegue nunca voltar às suas dimensões originais."
( Oliver Wendall Holmes )
( Oliver Wendall Holmes )
Videos que exemplificam as múltiplas inteligencias
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Bem na medida do possível estou tentando postar links de videos que demonstrem exemplos mais concretos do que concebemos como cada tipo de inteligência:
Inteligencia lógico matemática:
Tudo bem que esse não é o "melhor" exemplo de como se usar esse tipo de inteligencia mas acho que dá pra entender a ideia principal da coisa.
Inteligencia corporal sinestésica e inteligencia espacial:
hum... acho que dispensa comentários.
Inteligencia musical:
A historia é meio "filme da disney pra sessão da tarde" mas acho que a mensagem sobre do que se trata essa capacidade está intacta.
Inteligência linguística:
é a historia da vida de keats um poeta do romantismo, o trabalho dele é interessante considerando a corrente da qual fez parte.
As outra capacidades são um pouco mais difíceis de exemplificar mas se trata basicamente da capacidade de lidar com si, com o outro e com a natureza. Apresentadores de TV, jornalistas, ambientalistas seriamente engajados são exemplos práticos e simples dessas outras habilidades.
Revolucionando o conceito de inteligência
Teoria das múltiplas inteligências:
A teoria das múltiplas inteligências foi postulada por Howard Gardner no ano de 1983 e revolucionou aquilo que se considerava até então como inteligência, isso se deu pela negação veemente que o mesmo apresentava sobre questões que envolvia a classificação, nivelação e diferenciação presentes no tão famoso e supracitado teste de QI.
Gardner critica a valorização do sistema lógico matemático que prevalece socialmente e especialmente no âmbito escolar, pois acredita e divulga a idéia de que o ser humano apresenta cerca de oito tipos de capacidades mentais distintas e que desenvolve cada uma delas de maneira diferente;
O autor também se baseou em fundamentos genéticos, biológicos, evolutivos e de plasticidade utilizando de casos específicos de pesquisas psicológicas experimentais para defender sua tese. Estas são as “inteligências” que Gardner cita na sua obra:
- Lógica-matemática: que é a habilidade de fazer cálculos matemáticos e lidar com idéias lógicas.
- Espacial: é a disposição para reconhecer e manipular situações que envolvam apreensões visuais.
- Corporal - sinestésico: capacidade de usar o corpo para se expressar ou em atividades esportivas
- Musical: inteligência voltada para a interpretação, produção e reconhecimento de sons;
- Lingüística: capacidade elevada de utilizar a língua para comunicação e expressão
- Intrapessoal: capacidade de conhecer a si mesmo, e utilizar desse conhecimento
- Interpessoal: facilidade de se relacionar com outras pessoas
- Naturalista: inteligência voltada para a análise e compreensão do funcionamento de fenômenos da natureza.
Inteligência Emocional – Sociedade Atual x Maquinário Biológico Antigo
Durante cerca de 50.000 gerações de seres humanos, a Inteligência Emocional foi de fundamental importância para nossa sobrevivência. Mas desde a descoberta e aprimoramento da agricultura, o ser humano vem mudando seus hábitos e dando valor a outros tipos de inteligência.
Com o desenvolvimento da agricultura e por consequência a sedentarização do homem, o raciocínio lógico foi fundamental para uma padronização dos ciclos agrícolas, desenvolvimento da matemática, astronomia, ainda que em estágios bem embrionários.
Tal sedentarização trouxe mudanças incríveis para a humanidade, as grandes cidades começaram a surgir, nossa população cresceu de 5 milhões para os atuais 7 bilhões de pessoas, em apenas 10 mil anos. Porém nos últimos 300 anos, mais uma grande mudança ocorreu no modo de vida humano, a Revolução Industrial. Um novo mundo, muito mais dinâmico e tecnológico, fruto principalmente da forte influência das Ciências Exatas, veio para reforçar a ideia de que o ser humano precisa pensar mais com a razão do que com a emoção.
Porém, tal valorização repentina da razão, não é de fácil assimilação para o cérebro humano. Com a evolução da nossa parte racional, o nosso cérebro ficou dividido em dois, o cérebro emocional e o cérebro racional, mas que geralmente trabalham harmonicamente. Tal dificuldade em abandonar o lado emocional é pelo simples fato de termos vivido 2 milhões de anos tendo ele como nosso principal meio de sobrevivência, assim nossa carga genética não teve o tempo necessário de se adaptar, portanto podemos dizer que somos seres do século XXI, mas que nosso maquinário biológico e praticamente o mesmo de 50 mil gerações passadas. Portanto mesmo que seja importante o uso da razão, nosso cérebro emocional nas situações mais complicadas, ainda “fala mais alto”, por isso que em determinadas ocasiões agimos impetuosamente, sem pensar e as vezes até sem nem lembrar do que fez.
Então, com os estudos realizados nas últimas décadas, a Inteligência Emocional vem novamente assumindo um papel de destaque nas relações humanas, afinal nossas relações humanas não podem ser pautadas apenas nos ideais lógicos. Dois grandes exemplos da importância das emoções nas relações humanas são: O trabalho nas empresas e As relações conjugais.
Nas grandes empresas, nas quais as relações emocionais não tinham valor algum. Pelo contrário, era interessante que o chefe pusesse medo em seus subordinados apenas pelo fato de se manter a ordem. Porém, exemplos de autoritarismo no trabalho reduz demais a produção de uma empresa, afinal, será que um empregado tem coragem de discutir alguma situação com o seu chefe, mesmo que ele tenha razão? Ou então, será que a falta de comunicação afetiva entre os membros de um grupo, não torna a comunicação menos efetiva? Tao importante quanto o QI da pessoas que trabalham é sua IE, afinal sem o controle emocional suficiente para se relacionar com outros indivíduos, do que adianta você ser um gênio?
Além das relações no trabalho, o IE é de fundamental importância para as relações interpessoais particulares( conjugais, familiares e de qualquer outra ordem). A importância de uma boa comunicação, controle das emoções e sensibilidades para ver como o outro está, é imprescindível para uma boa relação. Exemplo disso é a relação do números dos divórcios atualmente e a IE. Sem pressões sociais para se manter um casamento, cada vez mais é fundamental a IE, a conversa entre o casal, a paciência e a sensibilidade de entender o outro são ferramentas da inteligência emocional que precisam ser usadas. Além das relações interpessoais, a relação consigo mesmo, intrapessoal, é fundamental para se conhecer, assim facilitando se relacionar com os outros.
Portanto, como já foi dito anteriormente, não basta você ter um QI elevado para ser um ótimo profissional, ou então ter boas relações pessoais. A importância da Inteligência Emocional, e adequá-la à dinâmica dos tempos modernos, nas suas relações pessoais, é tão grande quanto sua racionalidade. Por chegarem a tais conclusões, cada vez mais empresas desenvolvem testes emocionais e contratam profissionais da área, para que as relações interpessoais e intrapessoais estejam afiadas, dando assim uma maior produtividade nas relações tanto pessoais como profissionais.
Produzido por Felipe Bulcão
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
Para que servem as emoções?
É com essa primeira pergunta que começamos a discussão de todo um tema, relacionado ao comportamento, evolução e interação (ambiente x genética), que vêm construindo a cada dia nossas civilizações.
Ao longo de toda uma evolução humana, os sentimentos foram de fundamental importância para o sucesso biológico dos seres humanos. Estes sentimentos, que podem também serem chamados simplesmente de apego, é uma espécie de “cola”, que tem por objetivo aproximar de forma emocional pessoas.
Os sociobiólogos explicam de forma simples a importância da emoção para o ser humano: Imaginem-se vivendo 50 mil anos atrás, numa época em que os seres humanos tinham uma expectativa de vida por volta de 30 anos e a mortalidade infantil era extremamente alta. Além disso, os riscos de se sofrer um ataque por animais, ou até mesmo por outros seres humanos em luta por alimentos eram também altíssimos. Por essas e outras condições, as pressões seletivas “escolhiam” cada vez mais os seres humanos que tinham as habilidades de se agruparem e se protegerem mutuamente.
Estas habilidades, que foram transmitidas para as gerações seguintes pelo DNA, foram moldando comportamentos humanos, cada vez mais específicos e úteis, principalmente em situações de perigo.
Aqui está alguma das emoções humanas mais comuns e suas explicações:
“. Com novos métodos para perscrutar o corpo e o cérebro, os pesquisadores estão descobrindo mais detalhes fisiológicos de como cada emoção prepara o corpo para um tipo de resposta muito diferente:
· Com ira, o sangue flui para as mãos, tornando mais fácil pegar uma arma ou golpear um inimigo; os batimentos cardíacos aceleram-se, e uma onda de hormônios como a adrenalina gera uma pulsação, energia suficientemente forte para uma ação vigorosa.
· Com medo, o sangue vai para os músculos do esqueleto, como os das pernas, tornando mais fácil fugir e faz o rosto ficar lívido, uma vez que o sangue é desviado dele (criando a sensação de que "gela"). Ao mesmo tempo, o corpo imobiliza-se, ainda que por um momento, talvez dando tempo para avaliar se se esconder não seria uma melhor reação.
Circuitos nos centros emocionais do cérebro disparam a torrente de hormônios que põe o corpo em alerta geral, tornando-o inquieto e pronto para agir, e a atenção se fixa na ameaça imediata, para melhor calcular a resposta a dar.
·Entre as principais mudanças biológicas na felicidade está uma maior atividade no centro cerebral que inibe os sentimentos negativos e favorece o aumento da energia existente, e silencia aqueles que geram pensamentos de preocupação.
Mas não ocorre nenhuma mudança particular na fisiologia, a não ser uma tranquilidade, que faz o corpo recuperar-se mais depressa do estímulo de emoções perturbadoras.
Essa configuração oferece ao corpo um repouso geral, assim como disposição e entusiasmo para qualquer tarefa imediata e para marchar rumo a uma grande variedade de metas.
- Amor, sentimentos afetuosos e satisfação sexual implicam estimulação parassimpática
- o oposto fisiológico da mobilização para ''lutar-ou-fugir" partilhada pelo medo e a ira. O padrão parassimpático, chamado de "resposta de relaxamento” é um conjunto de reações em todo o corpo que gera um estado geral de calma e satisfação, facilitando a cooperação.
- O erguer das sobrancelhas na surpresa permite a adoção de uma varredura visual mais ampla, e também maior quantidade de luz a atingir a retina. Isso oferece mais informação sobre o fato inesperado, tornando mais fácil perceber exatamente o que está acontecendo e conceber o melhor plano de ação.
· Em todo o mundo, a expressão de repugnância parece a mesma e envia idêntica mensagem: alguma coisa desagrada ao gosto ou ao olfato, real o metaforicamente. A expressão facial de nojo - o lábio superior se retorce para o lado, e o nariz se enruga ligeiramente - sugere uma tentativa primordial, com observou Darvin, de tapar as narinas contra um odor nocivo ou cuspir fora uma comida estragada.
· Uma das principais funções da tristeza é ajudar a ajustar-se a uma perda significativa, como a morte de alguém ou uma decepção importante. A triste traz uma queda de energia e entusiasmo pelas atividades da vida, em particular, diversões e prazeres e, quando se aprofunda e se aproxima da depressão, reduz a velocidade metabólica do corpo. Esse retraimento introspectivo cria a oportunidade para lamentar uma perda ou uma esperança frustrada, captar suas consequências para a vida e, quando a energia retorna, planejar novos começos. Essa perda de energia bem pode ter mantido os seres humanos entristecidos dos e vulneráveis - perto de casa, onde estavam em maior segurança.
Essas tendências biológicas para agir são ainda mais moldadas por nossa experiência e cultura. Por exemplo, a perda de um ser amado provoca universalmente, tristeza e luto.
Mas a maneira como demonstramos nosso pesar como exibimos ou contemos as emoções em momentos íntimos - é moldada pela cultura como também o é a escolha de quais pessoas particulares em nossas vidas se encaixam na categoria de "entes queridos" a serem lamentados.” ( GOLEMAN, Daniel. 1995)
Produzido por Felipe Bulcão
É com essa primeira pergunta que começamos a discussão de todo um tema, relacionado ao comportamento, evolução e interação (ambiente x genética), que vêm construindo a cada dia nossas civilizações.
Ao longo de toda uma evolução humana, os sentimentos foram de fundamental importância para o sucesso biológico dos seres humanos. Estes sentimentos, que podem também serem chamados simplesmente de apego, é uma espécie de “cola”, que tem por objetivo aproximar de forma emocional pessoas.
Os sociobiólogos explicam de forma simples a importância da emoção para o ser humano: Imaginem-se vivendo 50 mil anos atrás, numa época em que os seres humanos tinham uma expectativa de vida por volta de 30 anos e a mortalidade infantil era extremamente alta. Além disso, os riscos de se sofrer um ataque por animais, ou até mesmo por outros seres humanos em luta por alimentos eram também altíssimos. Por essas e outras condições, as pressões seletivas “escolhiam” cada vez mais os seres humanos que tinham as habilidades de se agruparem e se protegerem mutuamente.
Estas habilidades, que foram transmitidas para as gerações seguintes pelo DNA, foram moldando comportamentos humanos, cada vez mais específicos e úteis, principalmente em situações de perigo.
Aqui está alguma das emoções humanas mais comuns e suas explicações:
“. Com novos métodos para perscrutar o corpo e o cérebro, os pesquisadores estão descobrindo mais detalhes fisiológicos de como cada emoção prepara o corpo para um tipo de resposta muito diferente:
· Com ira, o sangue flui para as mãos, tornando mais fácil pegar uma arma ou golpear um inimigo; os batimentos cardíacos aceleram-se, e uma onda de hormônios como a adrenalina gera uma pulsação, energia suficientemente forte para uma ação vigorosa.
· Com medo, o sangue vai para os músculos do esqueleto, como os das pernas, tornando mais fácil fugir e faz o rosto ficar lívido, uma vez que o sangue é desviado dele (criando a sensação de que "gela"). Ao mesmo tempo, o corpo imobiliza-se, ainda que por um momento, talvez dando tempo para avaliar se se esconder não seria uma melhor reação.
Circuitos nos centros emocionais do cérebro disparam a torrente de hormônios que põe o corpo em alerta geral, tornando-o inquieto e pronto para agir, e a atenção se fixa na ameaça imediata, para melhor calcular a resposta a dar.
·Entre as principais mudanças biológicas na felicidade está uma maior atividade no centro cerebral que inibe os sentimentos negativos e favorece o aumento da energia existente, e silencia aqueles que geram pensamentos de preocupação.
Mas não ocorre nenhuma mudança particular na fisiologia, a não ser uma tranquilidade, que faz o corpo recuperar-se mais depressa do estímulo de emoções perturbadoras.
Essa configuração oferece ao corpo um repouso geral, assim como disposição e entusiasmo para qualquer tarefa imediata e para marchar rumo a uma grande variedade de metas.
- Amor, sentimentos afetuosos e satisfação sexual implicam estimulação parassimpática
- o oposto fisiológico da mobilização para ''lutar-ou-fugir" partilhada pelo medo e a ira. O padrão parassimpático, chamado de "resposta de relaxamento” é um conjunto de reações em todo o corpo que gera um estado geral de calma e satisfação, facilitando a cooperação.
- O erguer das sobrancelhas na surpresa permite a adoção de uma varredura visual mais ampla, e também maior quantidade de luz a atingir a retina. Isso oferece mais informação sobre o fato inesperado, tornando mais fácil perceber exatamente o que está acontecendo e conceber o melhor plano de ação.
· Em todo o mundo, a expressão de repugnância parece a mesma e envia idêntica mensagem: alguma coisa desagrada ao gosto ou ao olfato, real o metaforicamente. A expressão facial de nojo - o lábio superior se retorce para o lado, e o nariz se enruga ligeiramente - sugere uma tentativa primordial, com observou Darvin, de tapar as narinas contra um odor nocivo ou cuspir fora uma comida estragada.
· Uma das principais funções da tristeza é ajudar a ajustar-se a uma perda significativa, como a morte de alguém ou uma decepção importante. A triste traz uma queda de energia e entusiasmo pelas atividades da vida, em particular, diversões e prazeres e, quando se aprofunda e se aproxima da depressão, reduz a velocidade metabólica do corpo. Esse retraimento introspectivo cria a oportunidade para lamentar uma perda ou uma esperança frustrada, captar suas consequências para a vida e, quando a energia retorna, planejar novos começos. Essa perda de energia bem pode ter mantido os seres humanos entristecidos dos e vulneráveis - perto de casa, onde estavam em maior segurança.
Essas tendências biológicas para agir são ainda mais moldadas por nossa experiência e cultura. Por exemplo, a perda de um ser amado provoca universalmente, tristeza e luto.
Mas a maneira como demonstramos nosso pesar como exibimos ou contemos as emoções em momentos íntimos - é moldada pela cultura como também o é a escolha de quais pessoas particulares em nossas vidas se encaixam na categoria de "entes queridos" a serem lamentados.” ( GOLEMAN, Daniel. 1995)
Produzido por Felipe Bulcão
Se Percebendo na Teoria Walloniana
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Wallon, em parte de sua teoria, define um triângulo com vértices bastante importantes representados pelos pilares: Afetividade, Inteligência e Motricidade. Segundo Wallon, há links entre todos eles, mas aprofundemo-nos na ligação entre a Inteligência e a Motricidade.
A princípio, o movimento é de essencial importância, pois, a partir dele, a criança começa a perceber a dimensão do mundo e suas limitações. A princípio, a inteligência e a atividade motora estão intimamente ligadas, e este é um jeito de a criança expressar suas curiosidades e descobertas. Com o passar do tempo, estes dois fatores vão se desvinculando, estando pouco associados na idade adulta. mas será que é realmente pouco?
Observe a comunicação entre estas duas crianças:
Você, adulto, se acha diferente? Talvez não tanto. Claro que, salvo os exageros, todos nós recorremos ao apelo gestual durante a comunicação. É um aspecto bastante importante quando buscamos transmitir de maneira mais efetiva alguma informação intelectual (e também afetiva, que deve ser citada embora não seja o enfoque aqui).
A partir de agora, perceba o quanto você gesticula quando procura buscar uma informação no fundo da memória. Procure observar tanto a si quanto aos outros (faça o teste com o professor) enquanto estes estão apresentando conteúdos de trabalhos e aulas, por exemplo. Perceberá que alguns não conseguem sequer explanar suas ideias estando sentados.
E te proponho uma experiência mais radical: Na sua próxima apresentação, tente fazê-lo estático(a). Isso, fique imóvel e note como sua memória funcionará; então comente aqui, pois queremos saber o resultado do seu teste!
E te proponho uma experiência mais radical: Na sua próxima apresentação, tente fazê-lo estático(a). Isso, fique imóvel e note como sua memória funcionará; então comente aqui, pois queremos saber o resultado do seu teste!
Pablo Mateus dos Santos Jacinto, Estudante de Psicolgia do Segundo Semestre da Universidade do Estado da Bahia
Wallon e a Inteligência
Henri Wallon foi um dos três mais importantes teóricos psicogenéticos – ao lado de Vygotsky e Piaget. Ele baseou-se no desenvolvimento da criança e analisou o seu comportamento e pensamento, aliando a inteligência à motricidade e ao afeto. A teoria walloniana não é isolada dentre as diversas existentes para tentar compreender a estrutura psíquica do ser humano.
Aprofunde-se com os vídeos:
Introdução à teoria Walloniana, motricidade e emoções
A inteligência e a Motricidade e Inteligência e Afetividade
A perspectiva walloniana apresenta uma teoria onde o ato motor, afetivo está estritamente ligado ao ato mental. Wallon foi o primeiro a levar não só o corpo da criança, mas também suas emoções para dentro da sala de aula. Sua teoria pedagógica, diz que o desenvolvimento intelectual envolve muito mais do que um simples cérebro. Para ele as emoções têm um papel importante no desenvolvimento da pessoa, a gênese da inteligência está nas emoções. Para Wallon, a criança observa o mundo e tenta se comunicar com ele: “A criança responde às impressões que as coisas lhe causam com gestos dirigidos a elas.” (Henri Wallon)
São diversas as significações que a psicogenética walloniana atribui ao ato motor. Além do seu papel na relação com o mundo físico (motricidade de realização), o movimento tem um papel fundamental na efetividade e também na cognição. (GALVÃO, 1995)
O sujeito forma seu mundo mental, pelas emoções, e não tão vinculado ao objeto em si como descreve Piaget. Em – L’enfant turbulent -, há uma descrição das etapas iniciais do desenvolvimento psicomotor: a criança está num estágio impulsivo, sensório-motor e de certa forma projetivo. Wallon observa as condutas da criança em seu ambiente, tendo um olhar clínico – médico – e psicológico, na medida em que estabelece relação de qualificação nos resultados obtidos, sendo secundaria a quantificação. Existe um processo dialético, uma conversa entre o que é experiência medica, no sentido físico, e psicológico, no sentido de aprendizagem e de cognição.
Os grandes temas da perspectiva walloniana são: o movimento onde a mistura de ideias num mesmo plano é fator determinante para o desenvolvimento intelectual; a emoção que tem a importante função na relação da criança com o meio; a inteligência: Wallon põe o desenvolvimento intelectual dentro de uma estrutura mais humanizada onde a arte e a ciências são igualmente valorizadas; e a personalidade em que a relação com o outro é fundamental para a formação do individuo, seja para imitar ou negar: “O indivíduo é social não como resultado de circunstâncias externas, mas em virtude de uma necessidade interna.” (Henri Wallon)
Fonte: Sigmund Freud, Karl Marx e Piaget e suas influências na teoria Walloniana, escrito por Adriana Batista, Erika Andrade, Gabriel Revlon, João Manoel, Jussara Souza, Mariana Pinheiro, Pablo Jacinto e Sirley Almeida (2011)
Aprofunde-se com os vídeos:
Introdução à teoria Walloniana, motricidade e emoções
A inteligência e a Motricidade e Inteligência e Afetividade
Testando o QI (O Olhar da Psicologia)
domingo, 27 de novembro de 2011
Os testes de QI realmente medem alguma coisa?
Existem diferentes tipos de testes, destinados a medir diferentes características. Todos medem alguma coisa. O que precisa ser questionado é se eles medem fato o que propõem medir (ou se medem algo diferente do que é proposto) e o quão bem eles medem. Quando medimos a altura de uma pessoa, por exemplo, sabemos com precisão o significado de “altura”, dispomos de instrumentos precisos para medir comprimentos e a medição é direta. Quando tentamos medir a inteligência, surgem várias dificuldades. A primeira é que há diferentes definições para o termo “inteligência”. A segunda é que os instrumentos usados não medem a totalidade da inteligência, mas apenas algumas partes que julgamos serem representativas da totalidade. A terceira é que a medição não é feita diretamente, mas com base numa performance ou num conjunto de tarefas ou realizações. Isso torna a medida da inteligência menos precisa do que a medida da altura, além disso, corre-se o risco de que aquilo que se está medindo não seja propriamente a inteligência. Apesar disso, existem procedimentos estatísticos que possibilitam superar todas estas dificuldades e obter escores que sejam representativos da inteligência. Quando se fazem pesquisas pré-eleitorais, por exemplo, entrevistam-se alguns milhares de pessoas de diversas classes sociais e culturais, de diferentes cidades, e com isso se consegue projetar como serão as eleições com toda a população, com quase 100 milhões de eleitores, com margem de erro em torno de 1% a 5%, ou seja, com mais de 95% de exatidão. O mesmo acontece ao tentar medir a inteligência total com base nas respostas a um pequeno conjunto selecionado de questões ou na execução de determinadas tarefas. O resultado acaba sendo muito bom, com erro menor do que 5%. Portanto, desde que o conteúdo dos itens for adequado às características que se pretende medir, desde que eles sejam suficientemente abrangentes e diversificados de modo a cobrir toda a amplitude das tais características, desde que os procedimentos estatísticos na normatização sejam meticulosos e rigorosos, então o que o teste mede é confiável.
ONDE OBTER RESULTADOS CONFIÁVEIS DE TESTE DE QI.
Não é recomendável que faça testes on-line, a menos que estes testes apresentem informações precisas sobre a padronização e outros dados que possam dar algum respaldo científico a estes instrumentos. Quase todos os testes on-line não são padronizados, e os poucos que passaram por algum processo de padronização geralmente apresentam várias falhas neste processo. Por estes motivos é preferível que vá a uma clínica e seja avaliado por um profissional capacitado.
Clique na imagem abaixo e conheça alguns dos testes online de QI
Testando o QI (Curiosidades)
Algumas informações básicas e curiosidades sobre o tema:
Existem classificações para os diferentes níveis mentais em função dos QIs
obtidos em testes. Estas classificações foram adotadas durante várias décadas e algumas
clínicas continuam a usá-las até hoje:
Classificação proposta por Lewis Terman (~1916)
QI acima de 140: Genialidade
120-140: Inteligência muito superior
110-120: Inteligência superior
90-110: Inteligência normal (ou média)
80-90: Embotamento
70-80: Limítrofe
50-70: Cretino
20-50: Imbecil
QI abaixo de 20: Idiota
Classificação proposta por David Wechsler (~1940)
QI acima de 127: Superdotação (algumas fontes citam o termo “gênio” para QI>150)
120-127: Inteligência superior
110-120: Inteligência acima da média 90-110: Inteligência média
80-90: Embotamento ligeiro
65-80: Limítrofe
50-65: Debilidade ligeira
35-50: Debilidade moderada
20-35: Debilidade severa
QI abaixo de 20: Debilidade profunda
Classificação adotada em Sigma Society com base em Análise Fatorial Hierárquica (2005)
QI acima de 200: Imensurável
185-200: Gênio Universal
176-185: Gênio altamente criativo (escassez de dados amostrais)
164-176: Gênio criativo
151-164: Gênio
142-151: Muito talentoso
135-142: Superdotado ou talentoso (portador de necessidades especiais / altas habilidades)
127-135: Inteligência muito acima da média
116-127: Inteligência acima da média
82-116: Inteligência média ou normal (escassez de dados amostrais)
QI abaixo de 82: (Ausência de dados amostrais para estabelecer uma classificação)
QIs médios dos diferentes níveis
acadêmicos são aproximadamente estes:
Graduação - QI
Ensino fundamental 104
Ensino médio 108
Ensino superior 111
Pós-graduação 115
Mestrado 120
Doutorado 125
Pós doutorado 130
Professor Emérito 140
Prêmios nacionais 150
Prêmio Nobel 160
Medalha Fields 170
Testando o QI (Introdução)
Assista esta matéria do Fantástico:
O QUE É TESTE DE QI? QUAL A FINALIDADE?
O QUE É TESTE DE QI? QUAL A FINALIDADE?
QI (Quociente de Inteligência) é uma medida, um número que expressa a capacidade intelectual de um indivíduo com base em critérios de referência e comparações, estabelecendo uma relação entre sua idade mental e cronológica.
Os testes de QI surgiram na China, no século V, porém só começaram a ganhar caráter científico a partir do século XX. Neste período, foram elaborados diversos métodos para a avaliação da capacidade intelectual dos indivíduos, entretanto, o mais importante deles foi desenvolvido por John C. Raven, da Universidade de Dumfries, Escócia, e publicado em 1938: o Raven Standard Progressive Matrices, o qual se baseia em vários testes verbais e de execução, e, conforme a pontuação de cada indivíduo, é possível medir o seu QI.
É importante ressaltar que não existe uma inteligência única e universal. O que o QI demonstra é um conjunto de habilidades mentais, verbais e lógico-matemáticas que são relevantes para o contexto das sociedades globalizadas e urbanas. É evidente que uma pessoa com um alto QI não será inteligente, necessariamente.
Clique na imagem abaixo e conheça alguns dos testes online de QI
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