Inteligência Emocional – Sociedade Atual x Maquinário Biológico Antigo

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Durante cerca de 50.000 gerações de seres humanos, a Inteligência Emocional foi de fundamental importância para nossa sobrevivência. Mas desde a descoberta e aprimoramento da agricultura, o ser humano vem mudando seus hábitos e dando valor a outros tipos de inteligência.
Com o desenvolvimento da agricultura e por consequência a sedentarização do homem, o raciocínio lógico foi fundamental para uma padronização dos ciclos agrícolas, desenvolvimento da matemática, astronomia, ainda que em estágios bem embrionários.
Tal sedentarização trouxe mudanças incríveis para a humanidade, as grandes cidades começaram a surgir, nossa população cresceu de 5 milhões para os atuais 7 bilhões de pessoas, em apenas 10 mil anos. Porém nos últimos 300 anos, mais uma grande mudança ocorreu no modo de vida humano, a Revolução Industrial. Um novo mundo, muito mais dinâmico e tecnológico, fruto principalmente da forte influência das Ciências Exatas, veio para reforçar a ideia de que o ser humano precisa pensar mais com a razão do que com a emoção.
Porém, tal valorização repentina da razão, não é de fácil assimilação para o cérebro humano. Com a evolução da nossa parte racional, o nosso cérebro ficou dividido em dois, o cérebro emocional e o cérebro racional, mas que geralmente trabalham harmonicamente. Tal dificuldade em abandonar o lado emocional é pelo simples fato de termos vivido 2 milhões de anos tendo ele como nosso principal meio de sobrevivência, assim nossa carga genética não teve o tempo necessário de se adaptar, portanto podemos dizer que somos seres do século XXI, mas que nosso maquinário biológico e praticamente o mesmo de 50 mil gerações passadas. Portanto mesmo que seja importante o uso da razão, nosso cérebro emocional nas situações mais complicadas, ainda “fala mais alto”, por isso que em determinadas ocasiões agimos impetuosamente, sem pensar e as vezes até sem nem lembrar do que fez.
Então, com os estudos realizados nas últimas décadas, a Inteligência Emocional vem novamente assumindo um papel de destaque nas relações humanas, afinal nossas relações humanas não podem ser pautadas apenas nos ideais lógicos. Dois grandes exemplos da importância das emoções nas relações humanas são: O trabalho nas empresas e As relações conjugais.
Nas grandes empresas, nas quais as relações emocionais não tinham valor algum. Pelo contrário, era interessante que o chefe pusesse medo em seus subordinados apenas pelo fato de se manter a ordem. Porém, exemplos de autoritarismo no trabalho reduz demais a produção de uma empresa, afinal, será que um empregado tem coragem de discutir alguma situação com o seu chefe, mesmo que ele tenha razão? Ou então, será que a falta de comunicação afetiva entre os membros de um grupo, não torna a comunicação menos efetiva? Tao importante quanto o QI da pessoas que trabalham é sua IE, afinal sem o controle emocional suficiente para se relacionar com outros indivíduos, do que adianta você ser um gênio?
Além das relações no trabalho, o IE é de fundamental importância para as relações interpessoais particulares( conjugais, familiares e de qualquer outra ordem). A importância de uma boa comunicação, controle das emoções e sensibilidades para ver como o outro está, é imprescindível para uma boa relação. Exemplo disso é a relação do números dos divórcios atualmente e a IE. Sem pressões sociais para se manter um casamento, cada vez mais é fundamental a IE, a conversa entre o casal, a paciência e a sensibilidade de entender o outro são ferramentas da inteligência emocional que precisam ser usadas. Além das relações interpessoais, a relação consigo mesmo, intrapessoal, é fundamental para se conhecer, assim facilitando se relacionar com os outros.
Portanto, como já foi dito anteriormente, não basta você ter um QI elevado para ser um ótimo profissional, ou então ter boas relações pessoais. A importância da Inteligência Emocional, e adequá-la à dinâmica dos tempos modernos, nas suas relações pessoais, é tão grande quanto sua racionalidade. Por chegarem a tais conclusões, cada vez mais empresas desenvolvem testes emocionais e contratam profissionais da área, para que as relações interpessoais e intrapessoais estejam afiadas, dando assim uma maior produtividade nas relações tanto pessoais como profissionais.
Produzido por Felipe Bulcão

2 comentários:

Felipe Calmon disse...

Quero agradecer a minha colega de sala Erika Andrade, por ter me disponibilizado o livro " Inteligência Emocional", que foi de grande proveito para mim, na pesquisa sobre o assunto.

Pablo Mateus disse...

ahahaha

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